sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Gravuras para maternal


 
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Atividades variadas para Natal





 
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Música Natalina - Prisminha - Faça um lugar


É neste mês que se esperam coisas tão lindas
Um mês que nos fala de paz harmonia e amor
Tem gente que não tem amor e se sente vazia
Têm outros que só querem festas presentes e doces
Se apenas pudessem saber a razão deste dia
É o aniversário de quem a este mundo desceu
A vida seria distinta teria um motivo
Não mais corações feridos e vidas vazias

A criança que em Belém nasceu
Quer hoje em seu coração nascer
E promete sua vida mudar
E os seus dias encher com com canção
Faça um lugar deixe-o nascer em você
Jesus é a fonte da vida e hoje oferece vida eternal

Presentes e festas são só um momento e passam
A felicidade real vem do seu coração
Se deixar Jesus vir morar em você
Vai ser fácil viver de uma forma que nunca pensou ser
possível

A criança que em Belém nasceu
Quer hoje em seu coração nascer
E promete sua vida mudar
Os seus dias encher com tua unção
Faça um lugar deixe-o nascer em você
Jesus é a fonte da vida e hoje oferece vida eternal
Jesus é o aniversariante mas o presente é pra você

Cantata de Natal - Um milagre de Natal - Músicas avulsas

Você pode acessar a cantata completa em:
Link: Blog Perfeito louvor infantil

Jogral Natalino 2 - "Natal é festa para todos"



Natal é festa para todos

1ª Criança: Pelas ruas e em vitrines brilham luzes coloridas.

2ª Criança: Elas piscam sem parar, colorindo as avenidas.

1ª Criança: Há enfeites luxuosos por todos os cantos.

2ª Criança: Ouvem-se músicas e poesias anunciando que oNatal chegou.

Todos: É Natal.

3ª Criança: Os meios de comunicação anunciam Natal disto e Natal daquilo.

Estão preocupados com a comercialização e com os presentes.

Todos: Mas o que é o Natal.

2ª Criança: Será que é luzes, festas, enfeites e presentes?

3ª Criança: Natal é tudo isso? Luzes, festas, presentes?

1ª Criança: Quer dizer, se não tiver festa. Luzes, enfeites e presentes, não há Natal?

4ª Criança: Não, não é verdade. Natal não é nada disto.

1ª e 2ª Criança: Não? Mas então o que é o Natal?

4ª Criança: Natal é festa para todos. É uma festa onde não precisa ter presentes e nem luzes coloridas.

3ª Criança: Nada disto importa! Natal é festa da esperança, é o encontro da grande família de Deus, é a comunhão onde Deus nos dá o presente maior que é...

Todos: Jesus.
 2ª Criança: Deus nos enviou seu Filho para nos consolar.

1ª Criança: Para nos fortalecer e nos alegrar.

3ª Criança: Em Jesus Cristo, Deus cumpriu a promessa de esperança, do nascimento do Salvador.

Todos: Natal é festa para todos.

4ª Criança: A esperança nos foi dada por um Jesus pobre e humilde.

3ª Criança: sem presentes e sem dinheiro todos podem festejar o nascimento do Salvador.

Todos: Movidos pela esperança, queremos fazer deste Natal uma imensa festa.









Jogral Natalino - "O Nome de Jesus"





* Todos - Muito antes do Messias
À terra vir habitar
Seu Pai procurou com amor
Um lindo nome lhe dar.

* 1 - Seu nome será Maravilhoso,
Porque maravilhas ele fará,
Fará prodígios e curas,
Até mortos ressuscitará.

* 2 - Seu nome será Conselheiro
Porque conselhos dará,
Através de sermões e parábolas
Que ao povo pregará.

* 3 - Seu nome será Deus Forte
Pois a tudo vencerá
Vencerá até a morte,
Porque ressuscitará.

4 - Seu nome será Príncipe da Paz
Porque a paz pregará.
E quem for pacificador
Bem-aventurado será.

* 5 - Seu nome será Pai da Eternidade
Porque eterno ele é.
Ele estava no princípio com Deus
Reconciliando o mundo através da fé.

* 6 - Seu nome será Emanuel,
"Deus Conosco" - quer dizer.
Quem o buscar de coração
Ele pode socorrer.


 * 7 - Seu nome será Cristo
Porque será sofredor,
Será ferido, humilhado
E pregado numa cruz de horror.

* Todos - JESUS - é o mais belo nome
Acima de todos está.


"Que Jesus Cristo é o Senhor!"
Toda língua confessará.




Lucas 2. 8-20 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A vida de Cosme e Damião




A verdadeira história de Cosme e Damião



Muitas pessoas gostam de distribuir doces no dia 27 de setembro, homenageando Cosme e Damião. Talvez você já tenha até recebido um saquinho de doce de “Cosme e Damião”. Você conhece a verdadeira história de Cosme e Damião? Leia a história dos irmãos Cosme e Damião para depois decidir se é certo honrá-los através dos doces.
Cosme e Damião nasceram na Arábia 300 anos depois de Cristo. Eram gêmeos, e seus pais eram crentes em Jesus. Quando cresceram, foram estudar num lugar chamado Síria, e lá se tornaram médicos. Eles trabalhavam, mas não cobravam nada pelo trabalho deles. Começaram a ser muito conhecidos, atraindo assim muita gente para ouvir a mensagem, e eles pregavam sobre o Salvador Jesus Cristo, nosso Senhor.
Havia um homem muito mau que odiava os cristãos. O nome dele era Diocleciano, o imperador romano. Esse homem mandou, para a cidade de Egéia, onde estavam Cosme e Damião, um representante de nome Lísias. Ele começou a torturar Cosme e Damião. Finalmente, depois de torturá-los bastante, cortou suas cabeças. E foi assim que eles morreram. O motivo foi que Diocleciano, o imperador romano, odiava os cristãos porque eles eram fiéis a Jesus Cristo e não adoravam os ídolos fabricados por mãos humanas. Lísias mandou que Cosme e Damião adorassem ou se ajoelhassem diante de algumas imagens. Porém, como seguidores de Jesus, eles nunca iriam fazer isso. A Bíblia diz: “Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma do que há em cima do céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás: porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso.” (Êxodo 20. 4,5). Então por obedecerem às ordens de Deus e não se curvarem ou rezarem às imagens é que Cosme e Damião foram mortos.
Jesus falou: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14.6). Portanto, não adianta nada pedir coisas a Cosme e Damião ou a outro “santo” qualquer. Devemos buscar somente a Jesus, o Filho de Deus.
No dia 27 de setembro, algumas pessoas distribuem doces para conseguir favores de Cosme e Damião. Cosme e Damião, que serviram a Deus, acabaram se tornando ídolos para algumas pessoas. Elas estão tentando agradar a Cosme e Damião através da distribuição dos doces. Elas estão tratando Cosme e Damião como se fossem “deuses.” Quando alguém aceita esses doces, está concordando com esta idéia. Ao receber os doces de Cosme e Damião, você está participando da idolatria (cultuando um ídolo, ou um falso deus). Será que é isto que Deus quer?
Se alguém lhe oferecer os doces de Cosme e Damião, o que você acha que deve fazer? Pense bem!
E que Deus o abençoe e ajude a fazer a melhor escolha sempre!

(Fonte:  http://ufmbb.org.br/sorriso/?page_id=805)

31 DE OUTUBRO - DIA CONTINENTAL PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS


Didática - COMO RESOLVER PROBLEMAS DE DISCIPLINA EM SALA DE AULA








O que pode causar problemas de disciplina?

Crianças - A sala - O professor


1 - AS CRIANÇAS


Crianças inquietas 

Têm um período breve de atenção; Ficam mais agitadas quando o professor dá uma aula e não permite que eles participem; Não conseguem ficar sentadas por muito tempo sem atividades com movimentos.

Sugestões: Supere isto com participações como cânticos rápidos com movimentos e por último cânticos lentos; brincadeiras de visão; atividades enquanto repetem versículos para memorizar; antes de começar uma história cante algo para chamar a atenção, etc.

Crianças egocêntricas

Querem ser o centro das atenções; Não pensam nos sentimentos dos demais.


Sugestões: Supere isto com conselhos pessoais e muita oração. Cristo deve ser preeminente na vida, não o “eu”. O amor pensa nos outros! Realize atividades em duplas, trios, divida responsabilidades, peça ajuda na arrumação, no lanche; explique a importância de amar, cuidar, servir o outro.

Crianças desenfreadas

Fazem o que querem em casa; Impacientes, rudes, iradas, ciumentas.


Sugestões: Supere isto com o ensino da palavra por preceito e exemplo. Dê formas específicas em que as crianças possam ser amáveis. Dê exemplo de personagens bíblicos que pensavam antes de agir. Lembre-as o local em que estão, o motivo de estarem na Igreja e o que Deus pensa de tais atitudes.

Crianças maliciosas

Podem estar passando por situações difíceis em casa (por exemplo: divórcio, pais negligentes, abuso, doenças mentais...); Má escolha de amizade; Violência vista na televisão, Falta de modelos apropriados, Uso de álcool ou drogas.

Sugestões: Supere isto ao ensinar e viver o amor de Cristo. Ore constantemente por esta criança; ela necessita da ajuda de Deus. Confie que o Senhor fará que a Palavra de Deus toque em seu coração e tenha vitória .


2- A SALA


Uma sala desordenada leva as crianças a serem desordenadas;
Pouca luz ou muito brilhante;
Sala muito fria ou muito quente;
Cadeiras de tamanho inadequado;

Sugestões: Remova as distrações antes da aula; Recolha os brinquedos que as crianças tenham trazido antes da aula; Diminua as interrupções.

3- O PROFESSOR


Falta de preparo 

 Professor que não prepara a aula com antecedência, fica perdido em sala e não sabe o que fazer.

“Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor”. (Jeremias 48:10)

Sugestões: Faça um esboço da aula; pratique-a em voz alta; Planeje um horário para seu tempo de ensino; Decida como ensinar o versículo; Organize os visuais e ponha-os na ordem em que vai usá-los. Ao entregar um material ou brinquedo só o faça depois de guardar o que não será mais utilizado. Incentive as crianças a recolherem o que cai no chão, a jogar o lixo no lixo.
Fracasso em conseguir a atenção das crianças antes de começar
Falta de organização 

Professor que deixa as crianças dominarem o ambiente, fazerem tudo o que querem, deixa os brinquedos pelo chão, cadeiras desarrumadas, papel, tesoura, lápis e outros materiais espalhados pela classe. As crianças são desorganizadas por natureza, o professor não pode ser; ao contrário, deve ensiná-las e treiná-las a serem organizadas.

Sugestões: Faça uma dinâmica, uma atividade atrativa com músicas, movimentos, brincadeiras ou fantoches para introduzir a aula.

Falta de autoridade

Sugestões: Imponha autoridade por sua atitude e exemplo; Não seja autoritário nem permissivo. O tom de voz é muito importante, falar olhando nos olhos da criança, falar pausadamente.

Linguagem pobre



Sugestões: A mudança do tom, ritmo e volume ajudará a manter a atenção; Na medida do possível, modifique o tom de voz dos personagens da história que está contando. Não use palavras que estejam muito abaixo do nível de seus alunos, não os trate como bebês, nem use vocabulário que não possam entender. Seja equilibrado.

Mau exemplo

Sugestões: O professor tem que viver o que ensina; Não se distraia com conversas com outros professores na hora da aula. No momento da aula, você precisa ter toda sua atenção voltada para as crianças. Mesmo no momento das brincadeiras, é importante que você se aproxime delas, conquiste as que são frias e distantes, brinque com elas, converse, você precisa fazer parte da vida delas.

VEJA A EQUAÇÃO:

Oração + Preparação adequada + Apresentação apropriada da lição = um aluno sem problema de disciplina.


O professor é a chave para uma classe bem disciplinada.


OUTROS LEMBRETES IMPORTANTES!

1) Seja coerente: faça o que diz! Não prometa ou faça ameaças que não possa cumprir.

2) Não se desculpe por inabilidades

3) Evite correções verbais constantes como: “Calem-se”, “Sentem-se quietos!” Ao contrário, quando estiverem muito desordenados, chame-os para outra atividade.

4) Use uma forma positiva como: “Queridos, andem sem fazer barulhos...” em vez de: “Não corram!”...

5) Evite gritar; Elogie as crianças livremente; especialmente as mais bagunceiras quando estiverem comportadas.

6) Deixem que se divirtam antes ou depois da lição; use brincadeiras e músicas movimentadas. Crianças possuem muita energia e precisam gastá-la de alguma forma; se não for fazendo atividades dirigidas pela professora, será fazendo bagunça.

7) Prepare ATIVIDADES EXTRAS, como jogos (ex: vivo ou morto, dança da cadeira), caso o culto se estenda.

8) Mesmo que tenha apenas 1 criança na sala, não deixe passar a oportunidade de ensiná-la. Valorize-a!

9) PROCURE AJUDA! Chame os líderes e/ou os responsáveis pela criança que não se comporta.


Como podemos prevenir que os problemas de disciplina aconteçam?

  • A disciplina não depende de ter um grupo de alunos com bons modos, senão de ter um professor que combate os problemas antes que surjam.

  • Descubra seus alunos (Pastoreie-os). Veja a criança como um indivíduo.

  • Conheça as características básicas da idade das crianças com quem trabalha. Compreenda que as crianças diferem em necessidades e respostas. Conheça o que há por trás de cada criança, seus interesses, ambições, dificuldades, necessidades, níveis de maturidade,...

  • Interceda por elas;

  • Saiba estabelecer bons modos. Dê instruções claras. Diminua suas exigências e expectativas; estabeleça regras

  • Corrija o comportamento errado com amor;

  • Investigue a sua vida. Você está agindo como um exemplo que as crianças devam seguir?

  • Planeje sua lição/ aula;

  • Demonstre amor e atenção por cada criança. Aceite a criança do jeito que ela é: olhe além da superfície.

  • Dê a criança palavras de estímulo. Ouça o que ela diz e como diz;

  • Introduza seus alunos na vida cristã, discipulando-os, ensinando valores e princípios cristãos;

  • Nunca perca o controle! Você não ganhará o controle da classe, perdendo seu autocontrole.

  • O professor precisa estar calmo, cheio do Espírito, controlado pelo Espírito. Deus nos adverte quanto à ira (Prov 14:17,29; 15:1,18: 16:32; 19:11; 25:28,29:20,22);

  • Assegure-se de evangelizá-las e educá-las. Leve-os à Cristo. Ensine-lhes a Palavra para que possam crescer.


(Fonte: http://crisghensev.multiply.com/journal/item/25/25)



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pais e adolescentes – uma tensão saudável


Já criei meus filhos, vivenciando todas as fases pelas quais eles passaram. Confesso que sempre gostei de adolescentes. Quando jovem, trabalhava com adolescentes na igreja. Entendo que é a fase mais rica na vida de uma pessoa e de quem está por perto. No entanto, por ser rica não quer dizer que seja a mais fácil. A riqueza da fase está exatamente nas dificuldades encontradas.
Ser adolescente e ser pai/mãe de adolescente não é fácil. Como pais e como filhos, gostamos da época da infância, que é despreocupada, alegre, sem grandes responsabilidades, afetiva, etc. A criança natural e solta dá espaço para a criança interna dos pais e ambas vivem momentos muito especiais.
Quando a pré-adolescência se instala, as preocupações dos pais, em especial, começam a surgir. As mudanças naturais iniciam e muitos não conseguem entender e administrar as novas situações. Os filhos que, até então, desfrutavam de toda a liberdade de uma criança, começam a se sentir cobrados e as mudanças internas passam a incomodar.
O crescimento é algo desejado e temido, tanto pelos pais como pelos filhos. Há um medo inconsciente de ambos diante das mudanças que estão acontecendo. Ambos enfrentam um mundo desconhecido. Mesmo que os pais já tenham tido experiência com outros filhos, cada um é especial. Não há fórmulas fechadas que, aplicadas, dão certo para todos. O que podemos realizar com um, nem sempre poderemos com o outro, mesmo sendo frutos da “mesma barriga”. Essa é a beleza de Deus ao nos criar únicos. Parecidos, semelhantes, mas não exatamente iguais. Apenas únicos. Nada mais. Essa é a angústia de muitos pais. Por que deu certo com um e não dá certo com outro? Não há varinha mágica, é preciso sabedoria para lidar com cada um individualmente.
Numa conversa informal sobre este assunto, uma amiga se referiu ao livro Adolescência Normal – Um enfoque psicanalítico*. Nele, os autores levantam a tese de que, por mais normal que seja uma adolescência, ela terá seus momentos de tumulto. É uma fase transitória da infância para o mundo adulto. Para enfrentar essa fase, os autores apresentam as perdas que normalmente acontecem na adolescência.
Perdas são sempre indesejáveis. Não gostamos de perder. Somos feitos para ganhar. As discussões entre irmãos, desde pequenos, são para saber quem é que ganha. No entanto, a vida nos ensina que para ganhar, precisamos perder às vezes.
Os autores apresentam três perdas que sofrem os adolescentes ou, como chamam, lutos. Viver o luto por uma perda é necessário para que se estabeleça o equilíbrio emocional de qualquer ser humano. Querer negar a dor emocional é enganar-se a si mesmo. Quando Jesus se encontrou com Marta e Maria e esteve no túmulo de Lázaro, seu amigo morto, ele chorou. Estava respeitando o seu luto pela perda de um amigo. Não significa que se vai chorar o resto da vida. Curtir o luto é dar tempo às emoções, para que a ferida aberta cicatrize. Não existe tempo certo e pré-determinado. Cada pessoa reage de uma forma. Cada uma tem o seu tempo e devemos respeitar.
O primeiro luto, segundo os autores, é o da perda do corpo infantil. As meninas têm as transformações em seus corpos mais cedo do que os meninos. Antes podiam correr, sentar de qualquer jeito, rir alto, etc. Agora, começam as restrições. Meninos podem correr e sentar de qualquer maneira, mas a menina não. Afinal, é uma mocinha e precisa se “comportar”. Perde a liberdade de criança para entrar num mundo desconhecido de adulto com leis e regras próprias. Essa perda custa a ser trabalhada na cabeça do adolescente. Precisa de um tempo para se adaptar à nova ideia e aos novos comportamentos. Ao mesmo tempo em que quer crescer, quer continuar aproveitando as vantagens de ser criança. As transformações visíveis que acontecem no corpo são ao mesmo tempo desejadas e rejeitadas. Daí a tensão tão natural e o conflito interno.
O segundo luto é a perda da dependência e responsabilidade da independência. A dependência dos pais é confortável. Não se preocupar com contas, gastos, agendas e outras responsabilidades é muito bom. Porém onde fica a vontade de crescer? De ser adulto?
E como lidar com as cobranças de pais e professores que veem o adolescente pela altura do corpo e não pela maturidade emocional? Cobram-se responsabilidades que ainda não estão prontos para assumirem. Já reparou que numa festa de crianças, adolescente é considerado adulto e numa festa de adulto ele é criança? Não cabe nem em uma nem em outra fase. Daí a crise de muitos. Para chamar a atenção, ora se comportam como crianças, ora como adultos. Afinal, querem ser notados e aceitos. Deixar de ser criança dependente para se tornar adulto independente é um processo doído, mas necessário. É um luto que abre novos horizontes e permite à pessoa crescer.
O terceiro luto é a mudança no relacionamento com os pais. Na infância, eles representavam um abrigo, porém, agora a relação é conflituosa. Ao mesmo tempo em que os pais querem ver os filhos crescerem e tomarem seus rumos sentem que estão perdendo-os. Os pais também estão vivendo a dor da perda, enfrentado o seu próprio luto. Os pais não sabem como agir, por isso surgem as tensões, as discussões, as proibições, os conflitos. Tanto pais como filhos estão curtindo os seus lutos sem se darem conta disso.
Deixar o mundo infantil, que é conhecido e confortável, para entrar no mundo adulto, que é totalmente desconhecido, causa tensão. No entanto, essa transição é normal e pode ser perfeitamente saudável quando pais e filhos percebem as suas perdas. Conversar sobre elas é importante. A maturidade biológica deve ser acompanhada da maturidade efetiva e intelectual, possibilitando a entrada no mundo adulto.
Aceitar o processo de crescimento dos filhos é um desafio para os pais. Os pais têm dificuldade de entender o isolamento do adolescente e muitos se fecham em ressentimento e sentimento de culpa. Na realidade, o adolescente precisa dessa distância, porque é uma defesa diante da crise que está enfrentando de deixar de ser criança para se tornar adulto. Rejeitam o modelo dos pais, mas adotam de outros adultos. Lá na frente, resgatam o modelo rejeitado se tiveram uma boa base de valores morais e cristãos quando crianças. É só dar tempo ao tempo.
Não é fácil para os pais e também não é para os filhos. Normas claras, autoridade de vida, conversa e muito compromisso com Deus são alguns dos ingredientes necessários para tornar essa tensão saudável. Crescem os filhos adolescentes. Crescem os pais de adolescentes.


* ABERASTURY, A.; KNOBEL. M. Adolescência Normal: Um Enfoque Psicanalítico. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

Nancy G. Dusilek
Educadora, RJ

Fonte: UFMBB
Arquivo Visão Missionária 2T07