As crianças gostam de ouvir seus avós, pais, etc. contando histórias bíblicas, de fadas, da vida deles mesmos e de quando eram crianças. É preciso fazer uma seleção do que contar, levando-se em conta o interesse do ouvinte, a sua faixa etária e a lição que quer trazer ao ouvinte. Alguns pontos precisam ser considerados em cada faixa etária:
• 3  a 4 anos – idade do fascínio: Os textos devem ser curtos e atraentes,  pode-se usar gravuras de preferência grandes. Histórias que tenham  bichos, brinquedos e objetos e usem expressões repetitivas.
• 5  a 6 anos – idade realista: Histórias da vida real, falando do lar etc.  Os textos devem ser curtos e ter muita ação, o enredo deve ser simples.  Até os 6 anos a criança gosta de ouvir a mesma história várias vezes.
• 7  a 9 anos – idade fantástica: Gosta de histórias de personagens que  possuem poder, histórias de aventuras, humorísticas e vinculadas à  realidade.
• 10 a 12 anos – idade heróica: Narrativas de viagens, explorações, relatos históricos e preocupação com os outros e fábulas.
Como trabalhar uma história?
• Selecionar  – Procurar dentro daquilo que se quer ensinar ou de acordo com o  contexto da aula que será dada; pesquisar até encontrar algo que toque o  contador de maneira especial. Se for uma história que já veio no  material, leia várias vezes buscando encontrar nela algo especial que  toque o contador, porque é só assim que ela será transmitida  autenticamente ao público.
• Recriar  – Não se deve pegar uma história e contá-la como vem escrita, é preciso  passá-la para a linguagem oral. Saiba contar a história e não apenas  decorá-la.
• Ensaiar–  não se deve repetir nem exagerar nos gestos e movimentos. A voz deve  ser aquecida para garantir um tom adequado; O olhar deve ser dirigido  para todos os lados e para todos os ouvintes; Corrigir os vícios de  linguagem, tais como: então, né, daí e outros.
• Estrutura – deve seguir estas 4 fases:
1. Introdução: deve ser rápida, interessante apresentando os personagens sem divagação. Ex: há muito tempo, era uma vez…
2. Desenvolvimento: são contados os fatos essenciais com bastante ação.
3. Clímax: ponto de maior emoção da história.
4. Conclusão: Aqui você deve ter maior atenção, pois na conclusão é que transmitimos a lição, o ensinamento para quem ouve.
A preparação do ambiente é necessária?
A  preparação do ambiente é muito importante. Se o contador está numa sala  de aula, deve fazer algo que mostre que naquele momento será contada  uma história, chamando assim a atenção dos ouvintes para o momento.  Como? Usando um objeto sobre a mesa ou um lenço jogado no ombro etc. O  contador deve se prevenir contra ruídos e interrupções. Enfim, encontrar  uma posição agradável.
Quais são os elementos necessários para se contar uma história?
Os seguintes elementos são fundamentais na contação de histórias:
• Emoção – O contador deve gostar do que faz e do que vai contar; deve antes navegar na história para depois transmiti-la.
• Expressão –  é muito importante, o olhar deve transmitir o que está sendo falado,  daí a importância de olhar para todos os ouvintes. Você pode se  expressar durante a história com música, barulhos de objetos, com o  corpo, tudo que deixe a história mais atrativa, mas sem exageros.
• Improvisação –  Caso o contador se esqueça de uma parte da história, deve encontrar um  modo de continuá-la, por isso a importância de saber o esqueleto da  história e não decorá-la.
• Espontaneidade – O conhecimento da história oferece ao contador segurança, naturalidade, desibinição e espontaneidade para a contação.
• Credibilidade – O contador não deve denunciar o seu erro.
• Voz – é um elemento dramático e essencial; é o instrumento de trabalho do contador. Por isso deve observar o seguinte:
1. Altura – muito bem calculada para caracterizar os personagens.
2. Volume – é a variação entre forte e fraco, mostrando as emoções dos personagens.
3. Ritmo – é a variação de velocidade.
4. Pausa – é o silêncio no meio da fala, para dar o clima de suspense, mas não pode comprometer o significado das frases.
Procurar usar palavras de fácil compreensão para o público ouvinte.
Quais as formas para se apresentar uma história?
• Simples narrativa – É a mais fascinante de todas as formas, a mais antiga, tradicional e autêntica expressão do contador de histórias.
• Histórias narradas com auxílio do livro -  Narrar com o livro, não ler a história. O narrador deve saber a  história e vai contando com suas palavras. O livro fica aberto voltado  par as crianças, à altura de seus olhos. As páginas são viradas  vagarosamente para que elas possam ver as gravuras
• Com gravuras - Através delas as crianças observam detalhes que contribuem para a organização dos pensamentos e de criação.
• Com fantoches -  São um convite a imaginação da criança, do jovem e do adulto. Pode-se  também ensinar a criar fantoches e através dele contar cada um a sua  história.
• Flanelógrafo - O personagem entra e sai de cena.
• Painéis, recortes, carimbos ou dobraduras
O  recurso utilizado irá depender do número de ouvintes e do espaço físico  que está disponível. Para cada situação um recurso que melhor se  encaixe com o público ouvinte.
Quais atividades podem ser desenvolvidas a partir da história?
• Dramatização: após o término da história, reúna as crianças para juntos encenarem o que acabaram de ouvir.
• Trabalhos manuais: Recortes, dobraduras, colagem, pintura, atividades manuais que lembrem o que foi contado.
• Brincadeiras, jogos e atividades que complementem o ensino passado.
 
 
 
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