As maiores lutas  enfrentadas pelos adolescentes e o que você pode fazer para  ajudá-los.
Se você trabalha com adolescentes do  ensino médio,  provavelmente irá confrontar algumas questões muito  difíceis: gravidez,  uso de drogas, violência, sérios conflitos  familiares e todos os tipos  de crises. Se você trabalha com essa faixa  etária, sabe que com  freqüência o pior problema que enfrentam é saber  se as meias e os  sapatos estão combinando. É sério!
Naturalmente,  esta é uma verdade  universal – alguns adolescentes já estão enfrentando  essas questões.  Felizmente, são raros os dados estatísticos que relatam  meninas de 11  anos grávidas ou meninos nessa faixa etária usando  cocaína.
Esses jovens estão no  começo de sua  trajetória e é por isso que amo o trabalho que realizo com  eles por 15  anos. A maioria ainda não fez escolhas significativas que  marcarão  profundamente sua vida futura.
Cerca  de dois anos atrás, decidi  iniciar uma relação com os problemas mais  comuns enfrentado por nosso  ministério com esse grupo. A primeira  descoberta: Uma adolescente irá  ligar a qualquer hora, do dia ou da  noite, para falar a respeito de  suas espinhas. Aprendi também que a  maioria deles parece passar por um  ciclo de problemas previsíveis. Se o  Antonio está tendo problemas no  relacionamento com uma menina,  provavelmente enfrentará o mesmo  problema seis meses depois.
Na minha relação, inicio com as 10 lutas  mais comuns  por eles enfrentadas. Incluí com cada luta uma sugestão de  como  tratá-la, extraída de nossos esforços algumas vezes  bem-sucedidos.
1. Falta de Amigos –  Facilmente,  este é o problema número 1 enfrentado pelos adolescentes.  Alguns deles  têm tantos amigos que me pergunto como têm tempo para  todas as mensagens  que recebem. Mas muitos são solitários, e têm muito  tempo para se  questionar se alguém fará amizade com eles. Se o chamarão  para  participar dos jogos.
A maioria dos  adolescentes simplesmente  deseja ter um amigo. Você e os líderes adultos  podem fazer isso. Mas  deixe sua dignidade à porta. Você terá de fazer  coisas que os jovens  gostam, mesmo que isso signifique fazer guerra com  pistola de água no  parque local. Compareça aos eventos esportivos.  Descubra seus hobbies e  interesses, então lhes peça informação a  respeito. Não tenha vergonha  de convidá-los a participarem de seu mundo –  se você pratica algum  esporte, convide os jovens para jogarem juntos.  Se você gosta de andar  de bicicleta, organize um grupo para um passeio.
Ajude-os a encontrar outros jovens com  os mesmos  interesses. Veja que nenhum jovem fique sozinho na igreja.  Busque fazer  ligações entre eles.
2. Questões  Sobre Sexo – A  maioria dos adolescentes não é obcecada por  sexo. Antes estão  interessados em quem “gosta” de quem. Passam por  paixões passageiras e  não vão além disso. Mesmo que estejam pensando em  pôr em prática seus  impulsos, a maioria não o faz.
Nossa função não é desestimular a  promiscuidade  sexual ou mesmo falar muito a respeito dos desejos  ardentes ou das  tentações, mas incentivar amizades saudáveis entre os  sexos. Os rapazes  precisam aprender a não serem egoístas, a serem menos  dominadores e a  serem mais atenciosos. As meninas precisam aprender a  como respeitar os  rapazes, mais do que já o fazem (isto inclui a  escolha da roupa) e a  restringir suas difamações e fofocas destrutivas.  Enfatize o que fazer  nos relacionamentos, em vez do que não fazer.
3.  Problemas com os Pais –  Para alguns adolescentes o controle  dos pais é uma grande preocupação.  Alguns deles sentem que cada passo  que dão é observado e condenado.  Como pai, sei o que é controle  excessivo. Estou convencido de que isso é  prejudicial. Estou tentando  aprender a como incentivar o bom  comportamento e a como criar menos  normas e regulamentos com meus  filhos.
Permita  que a liberdade reine em seu  ministério. Quero dizer, dê liberdade para  que eles sejam o que são –  criativos, divertidos, sinceros na expressão  de seus verdadeiros  desejos a pessoas em quem podem confiar. Os  adolescentes sob seus  cuidados não necessitam de outro pai/mãe, ainda  que pareçam que sim.
4. Pressões na  Escola – O  maior fator de estresse para os adolescentes é seu  desempenho na  escola. De acordo com a pesquisa do About.com,com mais de 6  mil  adolescentes, “a pressão acadêmica” de longe é a maior fonte de   estresse – mais de 4 em 10 adolescentes (43%) relataram isso.
Os relacionamentos com os colegas,  ocasionalmente,  leva-os a não dormirem à noite preocupados a respeito  de que os amigos  podem não mais gostar deles. A escola é um contínuo  sugador emocional.  Notas baixas levam a mais pressões do grupo e de  sexo, a maior  frustração com os pais e a mais ansiedade quanto a seu  desempenho  futuro. Isto é uma constante, pelo menos até o final do ano  escolar.
Nossa função é compreender esses fatores   estressantes e criar um espaço seguro para que sejam adolescentes.  Isto  se aplica especialmente aos líderes de jovens, que muitas vezes   necessitam de maior liberdade para lidar com esse grupo. Uma mudança   súbita no desempenho escolar é talvez o melhor sinal de que alguma coisa   não está bem em sua vida - normalmente algo que está ocorrendo no lar.
5. Questões Quanto à Aparência –  Os  adolescentes passam por mudanças radicais em sua aparência. Embora   internamente estejam mudando tão rapidamente quanto a sua “aparência”,   isso os afeta mais porque é o que todos notam primeiro. Em nossos   eventos, sempre fico surpreendido ao ver que os adolescentes estão   constantemente alisando a camiseta ou tocando seus cabelos. É como uma   convenção pessoal de arrumar-se.
Descobri que o melhor a  fazer é  consistentemente cumprimentá-los por sua aparência. Bem, esse  tipo de  comportamento não é incentivado no mundo profissional regular,  mas os  adolescentes necessitam desse estímulo. Seja específico – na  verdade,  quanto mais específico, melhor. Por exemplo, “Gostei do novo  visual de  seu cabelo” ou “Que tênis legal!” ou “Na sua idade eu tinha  sardas –  minha esposa diz que as ama”, ou “Eu o vi tocando violão, você  toca  muito bem”. Suas palavras têm muito peso para eles. Se você não  disser  isso, talvez ninguém mais o fará.
6.  Ataques Verbais – Seu  incentivo consistente e enfocado é vital  por outros motivos também. O  ar que os adolescentes respiram é saturado  de palavras depreciativas,  de apelidos e de palavras ferinas. Caso  tenham preocupação quanto à  aparência, podem encontrar muitos  perseguidores que irão convencê-los  nesse sentido. Já vi adolescentes  zombarem de outro devido aos cabelos  enrolados, e por aí vai.
Somos chamados a neutralizar esses  ataques verbais  com afirmações que falem de sua beleza interior. Pense  em si mesmo como  um Sherlock Holmes buscando evidência de que os  adolescentes aos seus  cuidados refletem a glória de Deus.  Especificamente, busque e confirme  neles os frutos do Espírito,  conforme Gálatas 5:22: “amor, alegria, paz,  longanimidade, benignidade,  bondade, fidelidade, mansidão, domínio  próprio”.
7. Há Algo  Especial em Mim? –  Alguns adolescentes ainda não descobriram um  talento ou certos  esportes ou instrumento musical, ou são desajeitados e  sem graça, ou  talvez não se saiam tão bem quanto os colegas em  determinadas matérias  na escola. Todo adolescente possui talentos –  alguns simplesmente têm  maior facilidade para descobri-los. Nossa função  é ir a fundo com os  adolescentes para descobrir quais são eles.
Sempre lhes pergunto o que gostariam de  ser quando  concluírem os estudos, em grande parte porque isso revela o  que eles são  e o que desejam ser. Uso as respostas como portas de  acesso para seu  mundo secreto, onde Deus lentamente está revelando suas  tendências.  Quando um deles diz: “Não faço a menor idéia”, fico um  pouco preocupado  visto que a maioria dos adolescentes gosta de falar a  respeito de seus  planos futuros e já têm boa noção do que apreciam ou  não. Para esses  tipos, sigo perguntando: “O que você dizia que gostaria  de ser quando  era criança?” ou “Quais são algumas das profissões ou  estilos de vida  que você respeito e admira?” ou “O que outra pessoa  disse a seu respeito  e que o fez se sentir bem?”
8. Problemas  com a Culpa e a Vergonha – Muitos  adolescentes não sabem como  lidar com as conseqüências de seus pecados  e algumas vezes praticam  formas prejudiciais de arrependimento com  base nas obras. É crucial que  aprendam que o único “pagamento”  aceitável por seus pecados é o  sacrifício de Jesus na cruz, e que é  exatamente o local aonde devem  levar sua culpa ou vergonha. Ajude os  adolescentes a compreenderem a  diferença entre esquecer e perdoar, e  mostre-lhes como confiar em Cristo  para obterem o livramento.
9. Falta  de Energia –  Alguns adolescentes simplesmente ficam cansados  com freqüência. É  claro, provavelmente você também tem um grande  contingente de  chimpanzés. Se ficar atento, verá que há mais de um  indolente. Conheço  alguns adolescentes que ainda têm de tirar uma soneca  à tarde – de  verdade!
Assim sendo, reconheça a  necessidade  que têm de descansar. Estruture seus eventos e as reuniões  semanais  regulares com vistas a incluir intervalos, momentos de  tranqüilidade ou  mesmo de silêncio. Os adolescentes necessitam de mais  tempo para fazer  a digestão (tanto o alimento que ingerem quanto a sua  mensagem) e de  mais repouso do que os mais velhos.
10. Problemas? Que Problemas? –  Alguns adolescentes têm de lutar com um “desafio” estranho – não têm   problemas tão gravem que mereçam a sua atenção. Muitos deles têm   problemas que vêm e vão num piscar de olhos. Ignore 99% desses problemas   – poupe seu tempo e energia para o que realmente é sério. Isso   significa não ser tão pronto para tentar ajudá-los. Dê-lhes a   oportunidade de vencerem suas pequenas questões sem qualquer intervenção   adulta.
John  Brandon é líder de adolescentes no Minnesota.
[Extraído de GROUP, 10 de setembro de 2004,  pp. 13-14, 16.]
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Um comentário:
Oi Gabi, a recíproca é verdadeira!
Seu blog é maravilhoso! AS literaturas lá expostas são deveramente interessantes e aplicáveis. Com certeza, farei uma visitinha ao outro! Aguarde-me!
Um abção!
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